“…esse outro que me invade é todo feito de minha substância: suas cores, sua dor, seu mundo, precisamente enquanto seus, como os conceberia eu senão a partir das cores que vejo, das dores que tive, do mundo em que vivo?” (Maurice Merleau-Ponty – O visível e o invisível)
Toda vez que abro um dicionário ou um livro de filosofia para
consultar alguma palavra ou conceito, logo sou acometido por uma sensação estranha de tarefa a ser cumprida. Pergunto-lhe, leitor: quem nunca saiu com a cabeça revirada ao se deparar com o significado de uma palavra desconhecida? O elemento detonador da reviravolta é justamente a tarefa que começa a germinar quando fecho o livro.



