O início do ano é um ótimo momento para fazer “seleções” e “exclusões”. É hora de tirar o pó das prateleiras e colocar novos produtos. É também o momento de verificar os prazos de validade daquilo que estamos colocando no mercado. Com o fôlego e energia do ano que está começando, deveríamos pensar nessas duas palavras poderosas para lutar contra a repetição, os fracassos e a estagnação.
Quando falo em seleção, penso na habilidade mental da “boa escolha”, do ato ou efeito de extrair do aglomerado de informações em que vivemos apenas aquilo que é produtivo para nosso sucesso psicológico e profissional. Ou seja, devemos escolher um modelo positivo de carreira que respeite nosso perfil.
Pergunte-se: Será que preciso fazer algumas seleções e exclusões em 2012? É hora de tirar de nossas vidas aquelas coisas que estão nos fazendo mal, aqueles modelos de pensamento que nos deixam atrasados, com uma aparência desgastada, como se estivéssemos usando uma roupa inadequada ou um sapato maior que o outro. Nossa carreira profissional é como uma gravata que temos que ajustar sempre.
Descobri recentemente um modelo de carreira chamado ‘proteano’. Fiquei curioso com esse termo. Busquei informações a respeito e soube que Proteu foi um deus da mitologia grega, filho de dois titãs: Tétis e Oceano, capaz de mudar de formas para atingir seus objetivos.
Conta-se que Proteu tinha a característica de conhecer passado, presente e futuro e também tinha capacidade profética de saber os eventos futuros anunciando-os a poucos. Sendo assim, o modelo de carreira proteana foi criado para que os profissionais consigam verificar um modelo de ação que leve em conta a identidade pessoal de cada um.
A autorrealização de um profissional é sempre pautada por decisões sábias. Toda decisão é fruto de seleção e exclusão. O sucesso psicológico é fruto da pergunta: Estou utilizando todo o meu potencial? Será que realmente me conheço bem para decidir o que é bom para mim?
A carreira proteana nos faz colocar a seguinte pergunta: Será que vale a pena ficar anos em uma carreira vertical, esperando ascender na escala, ao invés de selecionar pontos positivos de nosso perfil e eliminar os negativos e tentar trilhar um caminho horizontal?
O modelo das carreiras têm sido sempre ascendentes. Praticamente passamos a vida toda esperando chegar ao lugar do chefe, sentar na cadeira confortável de couro e gerenciar a empresa. Entretanto, com tantas mudanças frequentes no mundo dos negócios, precisamos pensar no modelo de carreira proteana como saída racional para nossos problemas de autoestima e realização psicológica.
O caminho horizontal da carreira proteana exige autoinvenção. Para a autoinvenção é fundamental selecionar seus pontos fortes, refletir sobre eles e em seguida excluir modelos mentais obsoletos.
(por Minoru Ueda, artigo publicado no portal Mundo do Marketing)
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