Consultor e autor do livro “Competência Emocional - Quanto antes, melhor”, Minoru Ueda destaca a importância do equilíbrio das emoções no ambiente corporativo.
Equilíbrio emocional no trabalho e no momento da negociação. Você tem?
Aparentemente inofensiva, as emoções do profissional podem ter fortes influências na condução do trabalho e nas negociações. E para tirar de letra, é necessário o que se chama “Competência Emocional”. Conversamos sobre o assunto com o consultor organizacional Minoru Ueda, autor do livro “Competência Emocional - Quanto antes, melhor”, da Editora Qualitymark. Conferencista, escritor, pós-graduado em RH e MBA em Gestão de Recursos Humanos pela FIA, Ueda procura mostrar em seu livro que, com as adversidades do dia a dia, determinados sentimentos podem afetar o clima organizacional e é importante saber lidar com estas situações.
Como o Sr. define “competência emocional"?
Competência emocional representa as entregas da inteligência emocional no nosso dia a dia pessoal e profissional, através do autoconhecimento, autocontrole, automotivação, empatia e habilidades sociais.
Ou seja, tudo começa com o nosso “auto” gerenciamento, para posteriormente relacionarmos com outras pessoas.
Por que os profissionais têm tanta dificuldade em lidar com o lado emocional no ambiente de trabalho?
Atualmente, vivemos numa busca de ampliar o nosso tempo. Os resultados deste processo é o surgimento do distress(mau stress) criando uma série de desafios emocionais. As mudanças são constantes e o ser humano necessita das competências “emocionais” para equilibrar o seu tempo emocional e racional.
De que forma esta dificuldade interfere nas negociações?
Acredito que as emoções positivas (felicidade, alegria, prazer) impactam de forma fortalecedora nas negociações, e somente através da competência emocional – autoconhecimento - que o profissional cria estratégias para o seu aprimoramento e vislumbra uma forma mais fortalecedora. Assim, através deste processo o negociador inicia uma jornada de prática da empatia, colocando-se no lugar do seu cliente e procurando não pré julgar, criando assim uma sintonia emocional de parceria – do verdadeiro ganha-ganha.
Qual o papel das organizações neste processo? Como elas podem auxiliar os profissionais a manter esta competência emocional e alcançar os objetivos propostos?
Atualmente, muitas empresas reconhecem que o bom ambiente de trabalho retém os bons profissionais e que a felicidade é um diferencial competitivo. Desta maneira, através do desenvolvimento de programas que estimulem a prática do autoconhecimento e principalmente da empatia, é possível reverter a incomunicabilidade para uma situação de acolhimento do outro.
Que dicas o Sr. dá para os profissionais que buscam conciliar trabalho e o equilíbrio emocional?
Os primeiros passos nesta jornada é o autoconhecimento, perguntas como Quais os meus pontos fortes? O que gosto de fazer? E o que posso aprimorar? representam indagações que o levam a ser arquitetos das próprias emoções.
E é por meio do autoconhecimento que a competência emocional “empatia” vem à tona, pois através desta lógica empática, nos colocamos nos lugares das pessoas, tornando-nos mais humanos. Criando assim um ambiente de trabalho mais humano e mais equilibrado, estimulando assim o bom stress (eustress).
Desta maneira, o trabalho começa a ter um novo significado, não apenas para atender as nossas necessidades básicas, mas para a nossa autorealização, levando a certeza de que estaremos “fazendo o que gostamos e gostando do que fazemos”.
(Fonte: Redimob)
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
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